sexta-feira, 28 de abril de 2017

Slide - Apostila MB 7 - Igreja - Capítulo 6

Paz de Jesus irmãos e irmãs!
Que Deus nos abençoe e nos ajude a sermos comprometidos com nossa missão de leigos!

Iniciando nosso último capítulo da apostila de Igreja, a sétima apostila do Módulo Básico da RCC, falemos agora do 'Leigo Comprometido', a maior parte do Povo de Deus que também atua ativamente e de várias maneiras dentro da Igreja.


1 O LEIGO - Este comprometimento surgiu após o Concílio Vaticano II, que alterou decisivamente a forma de ver o leigo, como nos diz a Constituição Dogmática Lumen Gentium 30:
 "Os sagrados pastores reconhecem perfeitamente quanto os leigos contribuem para o bem de toda a Igreja... O seu (dos pastores) excelso múnus é apascentar os fiéis e reconhecer-lhes os serviços e os carismas, de tal maneira que todos, a seu modo, cooperem unanimemente na tarefa comum".
Chamamos de leigos os membros do povo de Deus que não sejam ordenados ou do estado religiosos que são incorporados à Cristo pelo Batismo. Ele é chamado a procurar o reino de Deus e vivê-lo nos mais diversos serviços e funções para o crescimento e continuidade da caminhada da Igreja, afinal, toda atividade do leigo deve estar intimamente comprometida com o Evangelho.

2 A PARTICIPAÇÃO DOS LEIGOS - O cristão leigo consciente de seu papel deve, dentro de sua realidade, descobrir os mais diversos meios para desenvolver o trabalho de expansão do Reino de Deus nos mais diversos meios onde vive e atua, uma vez que o Evangelho não pode e nem deve ser desvinculado da realidade e da vida. Viver isto é colocar em prática o tríplice múnus que recebemos por ocasião do nosso batismo: sacerdócio, profeta e rei.

2.1 - No Múnus Sacerdotal de Cristo - Todas as nossas ações, onde quer que estejamos e o que estivermos fazendo (trabalhando, estudando, etc.) se forem feitas em sintonia com o Espírito Santo, se tornam oferendas agradáveis a Deus. Como diz a Apostolicam Actuositatem 2:
"Pela regeneração e para a unção do Espírito Santo, os batizados consagram-se para serem edifício espiritual e sacerdócio santo".
Porém, por mais bem formados que sejam e por mais engajados que sejam os homens e as mulheres leigos, deve-se ter sempre claro a diferença do sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial dos ministros ordenados para que, como vimos na apostila 6 do módulo básico, Liderança em Serviço na RCC, evitemos o erro do paraclericalismo.


2.2 - No Múnus Profético de Cristo - Todos nós batizados somos profetas nos méritos de Jesus, e como tal o nosso dever é anunciar a Boa Nova da salvação que é o próprio Cristo, vivo e ressuscitado. Devemos fazê-lo sem temor até que todo o mundo o conheça, desenvolvendo nossa missão profética através da evangelização.
"A missão de anunciar a Palavra de Deus é dever de todos os discípulos de Jesus Cristo em consequência do seu batismo."
Bento XVI, Exortação Apostólica Verbum Domini, 94

2.3 - No Múnus Régio de Cristo - Nós batizados vivemos a esperança de reinar com Jesus nos seus méritos, vivendo uma vida santa. Também somos chamados a colaborar com os nossos pastores no serviço da comunidade eclesial, exercendo os mais diversos ministérios para o crescimento e vida dessa comunidade, em conformidade com os dons que o Espírito Santo concede a cada um de nós de acordo com a sua vontade.

É importante conhecermos nossos direitos e deveres, pois quando temos esta ciência nosso trabalho se torna mais útil e proveitoso para a própria Igreja e todos ganham com isso.

2.4 - No Exercício do Apostolado - O exercício do apostolado leigo só é possível na prática constante da fé, esperança e caridade, em outras palavras, exige que ele seja antes de tudo um 'Amigo de Deus', afinal este apostolado só será fecundo se estiver intimamente ligado com Jesus Cristo.

Nossa missão como leigos é a mesma da Igreja: ser sal na terra e luz no mundo. Portanto não podemos ter comportamentos diferentes em cada situação de nossa vida, dentro da Igreja e em nossa vida civil. Dessa vivência consciente o apostolado dos leigos completa-se mutuamente com o ministério pastoral da Igreja.

3 O AGIR FUNDAMENTADO - Cada vez mais evidentemente podemos perceber a necessidade de uma formação sólida e abrangente do povo de Deus para favorecer a maturação dos católicos nos diversos aspectos de sua vida: doutrinal, apostólico, social, espiritual e humano.
"Percebe-se, então, com urgência, a necessidade de um anúncio forte e de uma sólida e profunda formação cristã. Como é grande, hoje, a necessidade de personalidades cristãs amadurecidas, conscientes da própria identidade batismal, da própria vocação e missão na Igreja e no mundo".
Christifideles Laici, 57
Porém, temos que ter um cuidado, principalmente nós formadores e formadoras. A formação não pode ser confundida com a transmissão de conteúdo nem com uma ação educativa acadêmica, intelectualizada, na tentativa de nivelar leigos e clérigos. Ela é tanto mais eficaz quanto for mais aberta a ação de Deus e quanto mais rica em testemunho, embora não possamos de forma alguma prescindir as técnicas e os conhecimentos humanos. A isso nós chamamos de tripé de uma boa pregação/ formação.

É responsabilidade do movimento formar seus membros e, consequentemente, cabe a nós formadores da RCC formarmos os membros de nosso movimento. A formação precisa:

a) Ser programada e sistemática, não apenas ocasional;
b) Ligar o aspecto antropológico e o teológico;
c) Ser orientada para formar transformadores sociais;
d) Ser integrada tendo como base os problemas e perguntas dos leigos, para oferecer-lhes resposta de como ser uma presença cristã no mundo;
e) Desenvolver a capacidade de comunicação e de diálogo;
f) Ser diversificada, adaptada as funções e situações dos cristãos leigos.

Falando a RCC, São João Paulo II vai dizer na Conferência Mundial da RCC em 1998:
"Vocês pertencem a um movimento eclesial: a palavra eclesial implica numa tarefa precisa de formação cristã, envolvendo uma profunda convergência de fé e vida. A fé entusiástica, que dá vida às suas comunidades deve ser acompanhada por uma formação cristã que seja abrangente e fiel ao ensinamento da igreja. De uma formação sólida surgirá uma espiritualidade profundamente enraizada nas fontes da vida cristã e capaz de responder às perguntas cruciais colocadas pela cultura de nossos dias".

5 CONCLUSÃO

Glória a Deus! Terminamos mais uma apostila do Módulo Básico e como estou empolgado com a participação de todos vocês no blog. Nosso próximo passo é terminarmos o Módulo Básico fazendo os resumos e os slides de Doutrina Social da Igreja. Porém, já penso no que faremos após esta apostila. O que vocês acham? Qual material vocês gostariam de ver em seguida?

a) Formação Humana;
b) Formação de Formadores;
c) Explicação dos encontros da Fase Querigmática;
d) Formação de Coordenadores;
e) Formação de Ciclo Carismático de Oração.

Por favor, opinem nos comentários para que possamos orar e preparar nossos próximos passos, juntos!

Um grande abraço a todos!
"Se tem o dom de ensinar, que ensine!"


2 comentários:

  1. Excelente trabalho. Que o Esp Santo ilumine esse seu dom de ensinar.

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    1. Obrigado pelo carinho irmã

      Acompanhe a página do Ministério de Formação - RCC Goíás (@mfgoias). Estamos postando agora vídeos informativos sobre a apostila 1!

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