segunda-feira, 17 de abril de 2017

Slide - Apostila MB 7 - Igreja - Capítulo 4

Paz de Jesus irmãos e irmãs!
Que Deus nos abençoe e nos ajude a vivermos como irmãos!

Iniciando nosso quarto capítulo da apostila 7 do módulo básico, IGREJA, falemos agora sobre a 'estrutura e organização da Igreja', da nossa Igreja, inspirada e guiada pelo próprio Senhor.

Podemos acompanhar pela Palavra que o próprio Jesus instituiu a Igreja e a confiou a autoridade de Pedro e dos demais apóstolos, conforme o Evangelho de São Mateus. Em Atos dos Apóstolos presenciamos também que, devido a necessidade, foram constituídos o serviço da diaconia através escolha de 7 homens de boa reputação e cheios do Espírito Santo.

Abaixo segue um cântico usado em muitas Santas Missas, principalmente em Ordenações, que mostra a força a Esposa Imaculado do Cordeiro Imaculado. Fique com ele ao longo desta postagem.


1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: ASPECTOS GERAIS - Nos primeiros séculos, no ano 330 o imperador Constantino se converteu dando liberdade de culto aos cristãos. Após isso a Igreja ao invés de perseguida passou a ser apoiada e muitos nobres, por testamento ou por ingresso na vida monástica, doavam seus bens a Igreja e esta foi acumulando um considerável "Patrimônio de São Pedro".

Em 756, o pai de Carlos Magno, Pepino o Breve, após derrotar os lombardos, confirmou o Papa sobre a posse deste patrimônio.

Em 800, Carlos Magno foi coroado pelo Papa Leão III imperador do Império Romano. O mesmo reconhecia o Estado Pontifício que durou de 756 a 1870, quando foi invadido e dominado por Vítor Emanuel II, que despojou 2/3 de seu território.

De 1870 a 1929 foi um período de grande tensão entre a Igreja e o governo italiano, tendo fim em 11 de fevereiro de 1929, quando foi assinado o Tratado de Latrão, que deu autonomia ao Papa e reconhecendo sua soberania absoluta sobre a cidade do Vaticano e alguns prédios e Basílicas de Roma, sendo formado assim o menos Estado independente do mundo com 0,44 km².

Apesar da minúscula área, este território permite a Igreja manter sua independência e liberdade frente a qualquer poder terrestre.

2 A IGREJA UNIVERSAL -

a) O Vaticano - A Igreja tem, no âmbito universal, a sua sede na Cidade Estado do Vaticano tendo
como chefe a figura do Papa, como lei a Lei Fundamental da Cidade do Vaticano e se faz reger pelo Código de Direito Canônico.

b) O Papa - A partir do Concílio Vaticano II, ficou definido que só pode votar e ser votado no Conclave os membros do colégio cardinalício e, por sua vez, para ser um cardeal necessariamente precisa ser um bispo. Enquanto o Conclave não elege um novo Papa, a Cathedra de Pedro fica vacante, o que chamados de "Sé Vacante". Portanto, o Papa é o bispo de Roma e, por sua vez, um cardeal, sendo que o título de cardeal é apenas honorífico, não definindo nenhum grau de hierarquia.

Foi definido ainda por Paulo VI que a idade máxima para participar do Conclave é de 80 anos, mesmo a idade máxima para um bispo estar a frente de uma diocese ser de 75 anos.

c) Colégio dos Bispos - Marcado por uma relação de união e não de submissão, o Colégio Universal dos Bispos é formado por todos os bispos do mundo em unidade com o Bispo de Roma e exerce seu poder sobre toda a Igreja e de modo solene no Concílio Ecumênico.


d) O Sínodo dos Bispos - A reunião dos bispos em uma assembleia dá-se o nome de Sínodo e é realizado para promover o estreitamento e a união de todos ou para tratar de algum assunto específico.

e) A Cúria Romana - Envolve os órgãos da administração da Igreja, ou os Dicasterios, como a Secretaria do Estado, as Congregações, os Tribunais, os Conselhos e os Ofícios.

f) A Sé Apostólica ou Santa Sé - É o nome dado a cúpula administrativa da Igreja que envolve o Papa, a Secretaria de Estado, o Conselho para Negócios Públicos bem como os demais organismos da Cúria Romana.

g) Os Legados do Romano Pontífice - Por ser um Estado Independente, a Igreja mantém representação diplomática em vários países. Também se faz presente através dos Legados Papais que são pessoas nomeadas diretamente pelo Papa para em seu nome praticar atos determinados por este.

3 IGREJAS PARTICULARES -
a) No período da Igreja Primitiva o Império Romano usava o termos "diocese" para se referir a regiões administrativas. Hoje utilizamos este termo para designar um território sob a responsabilidade pastoral de um bispo, responsável por administrar os Sacramentos, preservar, divulgar e proteger a Sagrada Doutrina junto a multidão dos fiéis que nela residem.

b) Os Bispos - Sucessores diretos dos apóstolos e pastores da Igreja com o múnus de ensinar e governar em comunhão com os demais bispos e o bispo de Roma.

Eles são escolhidos diretamente pelo Papa ou este aprova e confirma sua eleição. Para ordenar um bispo é necessário pelo menos mais 2 outros bispos.

Por unidade com o Papa, cada bispo precisa se apresentar pelo menos 1 vez a cada 5 anos para a "visita ad limina".

c) Entidades que Congregam Igrejas Particulares - Uma Província Eclesiástica ou Região Eclesiástica é o nome que se dá a unidade das dioceses próximas para promover a ação pastoral comum e estimular as relações entre os bispos.

Em geral, a sede da Província Eclesiástica é chamada de Arquidiocese e o seu Bispo de Arcebispo metropolitano. As demais dioceses que a compõe são chamadas de sufragâneas e seus bispos de sufragâneos. Normalmente, na Arquidiocese que se encontra o tribunal eclesiástico.

Além das províncias, encontramos também as Conferências dos Bispos, que é a união de bispos de um território ou país que se unem em caráter permanente para exercerem em conjunto as funções pastorais pelo território que atuam.

A CNBB surgiu em 1952 e é hoje uma das conferências com estrutura mais desenvolvida do mundo e, para melhor desempenhar sua função, achou por bem dividir o território em 17 regiões.

d) Da Organização Interna das Igrejas Particulares - As Dioceses também possuem estruturas similares as da Santa Sé e da Cúria Romana:

- O Sínodo Diocesano: Uma assembleia de sacerdotes e de outros fiéis da Igreja particular escolhidos para auxiliar o Bispo diocesano para o bem de toda a diocese;

- A Cúria Diocesana: É o organismo responsável pela administração da diocese, sendo formado pelo Vigário Geral (auxilia o bispo no governo diocesano), Chanceler (responsável por redigir, despachar e arquivar os atos da cúria), Conselho Econômico (presidido pelo Bispo e responsável pelos assuntos econômicos da diocese) e o Ecônomo (perito em economia e insigne por sua probidade);

- Outros Organismos da Diocese: temos o Conselho Presbiterial (um grupo de padres que representam o presbitério e auxiliam o Bispo no governo da diocese), o Colégio dos Consultores (alguns sacerdotes membros do Conselho Presbiterial e escolhidos pelo Bispo para consulta) e o Conselho Pastoral (formado por fieis em plena comunhão com a Igreja Católica).

- A Paróquia: É a menor fração territorial da diocese, administrada por um Pároco (um presbítero) que exerce sua função sacerdotal e administrativa em nome do bispo, além de administrar os sacramentos.
Entre os organismos paroquiais temos: O Conselho Pastoral (formado por fiéis que auxiliam o pároco na ação pastoral da Paróquia, é apenas consultivo e segue as normas do Bispo diocesano) e o Conselho Econômico (formado por fiéis que auxiliam o pároco na administração dos bens materiais da Paróquia e segue as normas do Bispo diocesano).

4 CONCLUSÃO

Como é bom conhecer mais da nossa Igreja quanta graça e quanta bênção o Senhor tem feito em nossas vidas através desta apostila do módulo básico. Que pena que tão poucas pessoas a conhecem.

Quero te convidar a divulgar esta apostila e todo o processo formativo da RCC para seus irmãos de grupo de oração. Deus quer se mostrar a cada um! Espero vocês no próximo capítulo e até lá!

Um grande abraço a todos!
"Se tem o dom de ensinar, que ensine!"



Um comentário:

  1. Salve Maria Puríssima! Excelente Matrial. Como faço para baixar?

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