Paz de Jesus irmãos e irmãs!
Que Deus nos abençoe e nos dê a alegria para viver o Jubileu dos 50 anos da RCC.
Desculpem a demora na postagem! Estive de férias e no #ENFdeouro. Para aqueles que não puderam estar, foi E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R! Uma experiência única e com motivações maravilhosas. Ouvir de nossa coordenadora nacional que "A formação é o futuro dos grupos de oração" não tem preço.
Espero poder retomar as postagens normalmente, se Deus quiser, hehe!
Na Revista Renovação, periódico bimestral que a RCCBrasil emite, em sua página central consta um anexo que chamamos de ENCARTE FORMATIVO que é responsabilidade do ministério de formação. Na última revista, de novembro e dezembro, fiquei responsável por escrever o encarte sobre o Jubileu da RCC. Foi difícil, pois não tinha experiência com artigos assim, mas com a condução do Espírito Santo deu tudo certo.
Como a revista já foi publicada, segue abaixo o texto do ENCARTE. Espero que gostem.
Desculpem a demora na postagem! Estive de férias e no #ENFdeouro. Para aqueles que não puderam estar, foi E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R! Uma experiência única e com motivações maravilhosas. Ouvir de nossa coordenadora nacional que "A formação é o futuro dos grupos de oração" não tem preço.
Espero poder retomar as postagens normalmente, se Deus quiser, hehe!
Na Revista Renovação, periódico bimestral que a RCCBrasil emite, em sua página central consta um anexo que chamamos de ENCARTE FORMATIVO que é responsabilidade do ministério de formação. Na última revista, de novembro e dezembro, fiquei responsável por escrever o encarte sobre o Jubileu da RCC. Foi difícil, pois não tinha experiência com artigos assim, mas com a condução do Espírito Santo deu tudo certo.
Como a revista já foi publicada, segue abaixo o texto do ENCARTE. Espero que gostem.
Por Klaus Newman
Grupo de Oração
Ágape
Coord.
Ministério de Formação da RCC Goiás
O ANO JUBILAR, O ANO DA ALEGRIA
Amados
irmãos e irmãs, que a paz inquieta de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja em
nossos corações.
Estamos
na eminência de uma grande festa, um momento de especial importância para nós,
membros da Renovação Carismática Católica (RCC) em todo o mundo: O JUBILEU DE
50 ANOS de nosso movimento que nasceu de um “desejo do Espírito Santo”, como
disse nosso amado Papa Francisco.[1]
Mas,
qual a importância de um jubileu? Por que esta data é diferente das outras? Em
primeiro lugar, precisamos meditar na importância e no significado de Jubileu
na Sagrada Escritura e ao longo da história do povo de Deus.
No Antigo Testamento
A
palavra “jubileu” vem do hebraico “Yôbel”,
referente ao carneiro cujo chifre era usado para anunciar um ano de festa, um
ano de alegria. Este “Ano da Alegria” era proclamado no ano posterior a sete
períodos sabáticos.
Após
seis anos de cultivo da terra e a colheita dos frutos, era proclamado um ano
sabático, um ano de descanso para a terra em que a mesma não poderia ser
cultivada. Sete períodos sabáticos totalizavam 49 anos, o que recebia o nome de
“Shemitá, e no ano posterior era
proclamado o “Ano da Alegria”, ou ano jubilar.
No
texto bíblico de Levítico podemos conferir está prática do povo de Israel:
“Contarás sete anos sabáticos, sete
vezes sete anos, cuja duração fará um período de quarenta e nove anos. Tocarás
então a trombeta no décimo do sétimo mês: tocareis a trombeta no dia das
Expiações em toda a vossa terra. Santificareis
o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus
habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras
e para a sua família. O quinquagésimo
ano será para vós um Jubileu: não semeareis, não ceifareis o que a terra
produzir espontaneamente, e não vindimareis a vinha não podada, pois é o jubileu que vos será sagrado.
Comereis o produto de vossos campos.
Nesse Ano Jubilar, voltareis cada um
à sua possessão. Se venderes ou comprardes alguma coisa de vosso próximo,
ninguém dentre vós cause danos ao seu irmão (...). Ninguém prejudique o seu próximo.
Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor,
vosso Deus.”[2]
Podemos
verificar que o quinquagésimo ano não é uma data apenas simbólica ou alegórica
como tem se tornado muitas das datas comemorativas do ano civil e, algumas
vezes, até do religioso. Podemos perceber a cultura do materialismo e do
descartável no nosso meio, sendo que as comemorações tem dado lugar a apenas feriados
prolongados, sem sentido e sem significado. Nosso coração de cristão se
entristece com a realidade vazia que se tornou o natal e a páscoa de muitos
irmãos que ainda não conheceram o Senhor. Porém o jubileu judaico, ao
contrário, tem relação direta com o sábado, o dia do repouso, por isto envolve
muitos princípios e valores vitais para o povo de Israel que podem nos orientar
para este nosso ano. Vejamos alguns destes valores:
1. A soberania de Deus, na qual reconhecemos que Ele é o
Criador e Senhor da Terra e de cada ser humano. Desta afirmação podemos deduzir
que o homem não pode apropriar-se da terra, levando-nos a compreender que nossos
olhos precisam se voltar para o céu e reconhecer que somos apenas hóspedes
nesta terra, administradores dos bens celestiais, “a terra não se venderá para
sempre, porque a terra é minha, e vós estais em minha casa como estrangeiros e
hóspedes”[3]. Logo, somos
cidadãos do céu e nossa submissão é ao Pai que está no céu e não as coisas
materiais.
2. Dar o devido descanso à terra, não explorando-a
indiscriminadamente. Papa Francisco tem nos orientado a este respeito em sua
encíclica Laudato Si, sobre o cuidado
da casa comum que “clama contra o mal que
lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela
colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores,
autorizados a saqueá-la. Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2,
7)”.[4]
A afirmação de que a terra é um dom de Deus para as necessidades da pessoa
humana nos leva a compreender que a mesma pertence a todos e para todos e qualquer
esforço de monopólio que negue ou bloqueie este destino universal é pecado
contra Deus e contra o próximo. A justiça, coração da mensagem bíblica,
consiste em reconhecer o amor gratuito de Deus no mundo e cooperar com ele
fazendo com que a justiça seja o modo de ser e de agir. Segundo o profeta
Isaías, é da “justiça”, isto é, da ação justa, da retidão, que nasce a paz, a
plenitude dos bens para todos.[5]
3. Devolver a propriedade aos
proprietários originais, restabelecendo a justiça original, ou seja, devolver o que é de Deus a
Deus e o que do irmão ao irmão. O que é de Deus? Nossa vida, nosso trabalho,
nossa família, nosso chamado, nosso coração, nosso ministério e tudo mais que
temos e que julgamos ser donos, mas que nos foi dado como presente por Deus. E
o que é do nosso irmão? O amor, a compaixão, o perdão, a compreensão, o
conselho e até os carismas, que são “manifestações
extraordinárias do Espírito Santo para proveito comum”.[6]
4. A gratuidade. Quando afirma-se que o homem vive
em uma terra que não é sua, mas que pertence a Deus, que somos hospedes Dele, percebemos
que somos frutos de Sua graça ou gratuidade, ou seja, do amor sem interesse do
Senhor. Este princípio precisa orientar nossas ações, a gratuidade e não a
reciprocidade. Ser recíproco é dar o que se recebe. Gratuidade é dar sem
esperar ou receber nada em troca.
5. O perdão. O início do Ano Jubilar, ou “Yôbel”,
coincidia com a festa judaica “Yom Kippur”, a grande festa da reconciliação: “Tocarás
então a trombeta no décimo do sétimo mês: tocareis a trombeta no dia das
Expiações em toda a vossa terra”[7]. Com
isto era instituído a possibilidade de um novo início, rompendo não somente com
a injustiça e a desigualdade social, mas, principalmente, com a própria culpa,
prefigurando o que viria a ser a expiação definitiva em Cristo Jesus. Alguns
estudiosos apontam que a palavra “Yôbel” tem ainda outro significado, que seria
o verbo hebraico “trazer de volta”, pois no ano jubilar os escravos voltavam a
seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas
do Criador e as terras também voltavam aos proprietários originais.
No Novo Testamento
Tudo no
Antigo Testamento aponta para a pessoa de Jesus Cristo. A voz dos profetas
constantemente evocavam a vinda do tempo messiânico, tempo em que Deus enviaria
o Ungido (Messias) e tudo seria novo, segundo o querer e a bondade de Deus:
prosperidade, harmonia, fim dos sofrimentos e da violência. Era uma visão do
futuro, inspirada na ordem estabelecida por Deus e quebrada pelo pecado. As
práticas do Antigo Testamento também não são fatos isolados, mas entram no
plano da salvação e apontam para o Redentor, Salvador, Libertador e Messias,
Jesus Cristo.
“Jesus dirigiu-se
a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu
costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías.
Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a
boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos
cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os
cativos, para publicar o ano da graça
do Senhor. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos
quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a
dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. ”[8]
Jesus é
o jubileu que se cumpre, a grande alegria do povo de Deus. Nele se cumpre os
princípios do jubileu judaico: Ele é o Senhor soberano[9], o Sol
da Justiça[10].
Nele recebemos o perdão dos pecados[11], a
reconciliação com Deus[12], nos
tornamos filhos de Deus[13] e
irmãos uns com os outros. Nele somos libertos da culpa, somos libertos do
pecado que nos fazia escravos,[14] libertos
pelo amor gratuito de Deus manifestado Cristo. Por isso, nossa alma glorifica
ao Senhor e nosso espírito exulta de alegria[15], porque
Ele é “o ano da graça do Senhor”!
Sendo
plenificado em Jesus, a prática do Jubileu no sentido judaico foi abandonada
pelos cristãos, sendo que no decurso do primeiro milênio não há sinais de sua
prática. Porém, no ano de 1300, com o papa Bonifácio VIII, a prática do Jubileu
é retomada principalmente como peregrinação e comemoração, onde os cristãos iam
a Roma para visitar o túmulo dos apóstolos e pedir o perdão dos seus pecados,
resgatando assim os princípios originais.
A
partir deste ano, a prática do jubileu passou a se repetir com certa
frequência, priorizando aspectos de indulgência, peregrinação e comemoração.
Este costume intensificou-se durante o século XX inspirado pela renovação
consequente do Concílio Ecumênico Vaticano II.
Até o
presente momento foram celebrados 28 Jubileus oficiais da Igreja Católica,
sendo um dos maiores destaques o “Grande Jubileu” proclamado por São João Paulo
II na passagem do ano 2000 da Redenção. Além de uma importante data
comemorativa destacou-se o desejo de conversão, renovação da fé e penitência.
Outro grande destaque é o Jubileu da Misericórdia, cuja convocação foi feita
pelo papa Francisco e que se encerrou no último dia 20 de novembro, tempo
marcado por experiências marcantes de amor, misericórdia e conversão a Deus.
JUBILEU DE 50 ANOS DA RCC
“Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a
força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso, o ente
santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.[16]
Como
podemos ver, o JUBILEU DE 50 ANOS DA RCC não será apenas um símbolo ou uma
data, mas um verdadeiro kairós, um tempo
de graça para todos nós carismáticos. Será um ano de comemoração pelos 50
anos de trajetória e história de nosso movimento, cujo início convencionamos
com o fim de semana de Duquesne, em fevereiro de 1967. Também será um tempo de
muita escuta e retorno ao Senhor, de reconhecermos Sua soberania e buscarmos
cada vez mais a condução do Espírito Santo.
Além
disso, será um tempo de colhermos os frutos destes 49 anos de caminhada e
dedicação. Lembremos que no ano jubilar o povo de Israel não plantava, mas
colhia aquilo que dava naturalmente na terra. Neste ano jubilar será nossa vez
de colhermos os frutos da caminhada e entrega de milhares de pessoas que
encontraram na RCC a espiritualidade que necessitavam, frutos que o Senhor
plantou.
Entre
estes frutos podemos destacar a convocação do Papa Francisco para a celebração
de Pentecostes na Praça de São Pedro, onde o mesmo fez questão de estar
presente: “Espero todos vocês,
carismáticos do mundo, para celebrar, juntamente com o Papa, vosso grande
Jubileu no dia de Pentecostes, em 2017, na Praça de São Pedro!”[17]
Para a
RCCBRASIL, tivemos a inauguração dos trabalhos para o ano jubilar no dia 09 de
julho, realizada por Katia Roldi, nossa atual presidente. Através das velas
jubilares, símbolo idealizado pelo conselho nacional para representar a moção
de “espalhar a chama”, cada presidente estadual foi convocado a levar o fogo do
Espírito Santo a seu estado e por sua vez fazê-lo chegar a todas as instâncias
do movimento: dioceses, cidades, vicariatos, províncias, paróquias, e
principalmente na célula fundamental da RCC, o grupo de oração[18].
Após um
longo momento de oração realizado pelo Conselho Nacional da RCCBRASIL entre 21
a 25 de setembro em Brasília-DF, foi discernido que o tema que orientará os
trabalhos do Jubileu é: “O Espírito Santo descerá sobre ti.”[19] São as palavras do anjo a Maria na Anunciação,
afinal teve início no último dia 12 de outubro o Ano Mariano no Brasil, em
comemoração aos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora em Aparecida. O
Senhor não iria falar ao Movimento algo distante do que a Sua Igreja esteja
vivenciando.
“O Espírito Santo descerá sobre ti” nos remota a uma
grande certeza e ao mesmo tempo uma grande esperança. A certeza que Ele
“descerá”, de que virá em grande profusão e inundará todo aquele que se abrir a
graça do Pentecostes pessoal, principalmente para cumprir sua missão, como foi
com Maria, com Jesus e com os apóstolos. Mas também a esperança de que esta
graça se renovará a cada novo pedido. O Espírito desce sobre Maria para que
conceba, mas descerá novamente no dia de Pentecostes, uma vez que a palavra nos
diz que “com eles estava Maria”[20], aliás
este é o tema para os encontros de Pentecostes para o ano de 2017. Temos assim
a esperança de que podemos clamar esta efusão diariamente e até várias vezes no
mesmo dia para cumprirmos o chamado do Senhor, até mesmo as mais árduas e
difíceis missões. O Catecismo é claro em afirmar isso: “tendo entrado uma vez
por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como
mediador que nos garante
permanentemente a efusão do Espírito Santo”[21].
Irmãos e irmãs, neste “Ano de Graça”, “Ano de
Alegria”, “Ano de Perdão”, enfim, neste Jubileu, clamemos com ainda mais vigor:
VEM ESPÍRITO SANTO, FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA! E que possamos
cantar, assim como o Conselho Nacional da RCCBRASIL em sua reunião de escuta,
cheios de esperança e de certeza:
Que a graça de Deus cresça
em nós sem cessar,
E de ti, nosso Pai, venha o
Espírito Santo de amor,
Pra gerar e formar Cristo em
nós!
Que Nossa Senhora Aparecida interceda por nós!
[1]
http://www.rccbrasil.org.br/espiritualidade-e-formacao/palavra-do-papa/1232-papa-francisco-a-renovacao-carismatica-e-uma-corrente-de-graca-para-a-igreja.html
[2] Lv 25, 8-17
[3] Lv 25, 23
[4] Laudato Si, 2
[5] Is 32, 15-20
[6] Apostila módulo básico 2, Carismas, página 12
[7] Lv 25,9
[8] Lc 4, 16-22
[9] Fl 2, 10
[10] Ml 4, 2
[11] Ef 1, 7
[12] Hb 9,12
[13] I Jo 3, 1
[14] ICor 7, 21s
[15] Lc 1, 46s
[16] Lc 1, 35
[17]
http://www.rccbrasil.org.br/espiritualidade-e-formacao/palavra-do-papa/1232-papa-francisco-a-renovacao-carismatica-e-uma-corrente-de-graca-para-a-igreja.html
[18] Apostila módulo básico 3, Grupo de Oração, página 09
[19]
http://www.rccbrasil.org.br/institucional/index.php/artigos/1124-o-espirito-santo-descera-sobre-ti-e-o-tema-da-rcc-para-2017
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